“Como é isto produzido? Que tipo de material é este? Como é que os vários componentes se encaixam? Como se faz a rotação desta peça?”. Todas estas perguntas são normais num processo de design industrial.
Se desenhamos produtos temos de saber como estes serão produzidos, em que materiais e como será o seu comportamento numa linha de produção. Isto é um facto. Mas com tantos materiais distintos, com tantos processos de fabrico diferentes, com tantas soluções técnicas possíveis, a curva de aprendizagem sobre esta matéria é enorme e morosa.
Assim, onde encontramos informação útil sobre estas questões?
Os livros ajudam assim como os vídeos, falar com especialistas é fundamental e as visitas a fábricas são indispensáveis. Mas não há melhor maneira de perceber como é que um produto é feito do que pela engenharia inversa que podemos fazer com os nossos olhos e mãos a produtos existentes. O conhecimento que adquirimos ao analisar um produto físico é imenso.
Na INNGAGE temos um hábito a que gostamos de chamar de ferramenta: “perdidos no supermercado”. É a atitude de ir para a rua, ver, mexer, cheirar e testar, todos os produtos que estejam próximos daquilo em que estamos a trabalhar. Vão surgir pistas sobre materiais, encaixes, processos de produção, moldes, entre outros. Ao cruzar a informação com o produto que estamos a desenvolver acabamos com uma solução mais sólida e exequível. O que tem uma saboneteira a ver com uma capa para iPad? Talvez nada ou provavelmente tudo!
É fantástico o que se aprende ao analisar uma caixa em plástico, ao desmontar um brinquedo ou ao abrir um despertador. É por isso que não é estranho encontrar na INNGAGE jogos de batalha naval, caixas de ovos em plástico, formas de silicone, e outros. Não significa que estejamos a desenhar qualquer um destes produtos, significa que estamos a aprender bastante com eles.
Fica o conselho: defina um budget mensal (por exemplo 20€), dirija-se a um supermercado e compre o máximo de produtos que consiga, apostando na variedade (plásticos, madeira, silicone, electrónicos, etc). Abra-os, analise-os, aprenda e guarde-os para consulta futura.
Bem-vindo ao “Perdidos no Supermercado”!